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*Por Luiz Henrique Arruda Miranda


A psiquiatria e outras especialidades médicas têm se dedicado ao estudo dos sentimentos humanos para compreender nossas semelhanças e o impacto das diferenças culturais. No entanto, enquanto a ciência avança no mapeamento da mente e do comportamento, somos frequentemente guiados por uma narrativa consumista que valoriza as distinções e cria desafios baseados em métricas culturais artificiais.


Mais do que nunca, precisamos desenvolver um olhar empático e coletivo para reavaliar o conceito de “eu”, construindo espaços de reflexão onde possamos pensar e agir em “nós”. Essa abordagem não apenas promove um senso de comunidade, mas também fortalece nosso papel no planeta como co-criadores de uma realidade compartilhada.


A Psiquiatria e o Estudo dos Sentimentos Humanos

A psiquiatria, com sua base científica e filosófica, busca compreender os sentimentos que nos conectam e nos separam. Estudos sobre empatia, altruísmo e conexão emocional destacam que, apesar de nossas diferenças culturais, todos partilhamos necessidades básicas como pertencimento, compreensão e reconhecimento.


Quando percebemos que as emoções humanas transcendem barreiras culturais, abrimos espaço para um diálogo global que celebra o que nos une. Essa compreensão pode ser o ponto de partida para superar desafios que resultam da competitividade e do individualismo excessivo, muitas vezes impulsionados pelo consumismo.


Um Programa para Repensar o “Eu” no “Nós”

Repensar nossas escolhas e comportamentos requer uma reorientação da perspectiva do “eu” para o “nós”. Um programa de revisão coletivo pode incluir:

  • Conversas com empatia: Criar espaços de escuta ativa, onde as pessoas se sintam valorizadas e compreendidas.

  • Educação emocional: Desenvolver a capacidade de entender e regular próprias emoções, bem como reconhecer os sentimentos alheios.

  • Práticas de colaboração: Promover iniciativas que incentivem a cooperação em detrimento da competição, criando soluções conjuntas para problemas comuns.

  • Valorizacão da diversidade: Reforçar o respeito pelas diferenças como fonte de aprendizado e crescimento.


Essa abordagem nos incentiva a dar de si e receber com abrangência, permitindo que floresçamos coletivamente.


Inteligência Cósmica e a Conexão Multidimensional

O conceito de inteligência cósmica nos convida a pensar em uma dimensão mais ampla de existência. Assim como a física quântica explora a interconexão entre partículas subatômicas, podemos aplicar esse princípio às relações humanas e à nossa interdependência com o planeta.


Esse “sopro científico” valida a ideia de que somos parte de um arranjo quântico que transcende dimensões físicas, incluindo as filosóficas. Quando entendemos nossa missão no planeta como algo além da exploração territorial e material, abrimos espaço para a criação de um legado que beneficia não apenas a nossa geração, mas também as futuras.


Reflexões Finais

A capacidade de transformar nossa perspectiva sobre o papel de cada um no coletivo é essencial para construir uma sociedade mais justa e harmoniosa. Quando colocamos a empatia e o altruísmo no centro de nossas ações, criamos um mundo onde as diferenças culturais são celebradas e a colaboração floresce em todas as suas formas.


A missão humana vai além de acumular bens ou territórios; ela está enraizada em compreender, conectar e construir um futuro mais significativo. A psiquiatria, junto a outras especialidades, pode ser uma aliada essencial nessa jornada de autodescoberta e expansão coletiva.


*Luiz Henrique Arruda Miranda, cidadão

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*Por Luiz Henrique Arruda Miranda


O "complexo de cachorro vira-lata", termo cunhado por Nelson Rodrigues, é frequentemente associado a um sentimento de inferioridade que leva à desvalorização do que é nacional em favor do que é estrangeiro. Embora inicialmente vinculado ao futebol, essa ideia permeia diversas áreas da sociedade brasileira, prejudicando a autoestima coletiva e o aproveitamento pleno das potencialidades do Brasil.


No entanto, o cenário das indústrias criativas – impulsionado pelo turismo, pelas viagens e pelos eventos – apresenta uma oportunidade única para superar esse complexo e evidenciar as vantagens competitivas que os brasileiros possuem. Neste artigo, abordo como as qualidades nacionais podem ser um vetor estratégico para o desenvolvimento sustentável no Século XXI, destacando aspectos culturais, sociais e profissionais que nos colocam em posição de destaque global.


Criatividade e inovação como diferenciais

Uma das características mais marcantes do brasileiro é a criatividade. Em contextos de recursos limitados, somos capazes de desenvolver soluções inovadoras que surpreendem o mundo. Essa criatividade se reflete nas artes, na moda, na gastronomia e na música, produzindo uma identidade cultural rica e diversa. A música brasileira, por exemplo, é um produto de exportação que cativa audiências em todos os continentes, enquanto estilistas brasileiros levam para as passarelas internacionais a originalidade e a sofisticação de nossa cultura.


No âmbito das startups e da tecnologia, o espírito empreendedor também se destaca. Empresas como Nubank e iFood mostram como ideias disruptivas, criadas em solo nacional, podem conquistar mercados globais. A capacidade de transformar desafios em oportunidades é um diferencial que deve ser explorado nas indústrias criativas.


Resiliência e adaptabilidade em ambientes competitivos

A resiliência é outra qualidade essencial do brasileiro. Enfrentamos crises econômicas, desastres naturais e outros desafios com uma capacidade ímpar de nos reinventar. Essa habilidade é especialmente valiosa em setores como turismo e eventos, que demandam adaptação constante a cenários mutáveis.


Exemplo disso é a maneira como cidades brasileiras reestruturaram suas estratégias turísticas durante a pandemia de COVID-19, valorizando experiências ao ar livre e promovendo o turismo regional. Essa adaptação é resultado direto da flexibilidade e criatividade que caracterizam nossa população.


Hospitalidade e calor humano como trunfos no Turismo


Nenhum outro povo é tão conhecido por sua hospitalidade quanto o brasileiro. O acolhimento caloroso oferecido aos turistas é uma das maiores qualidades que podemos oferecer em um mundo onde experiências autênticas e conexões humanas são cada vez mais valorizadas. A capacidade de criar um ambiente amigável e receptivo diferencia o Brasil como destino turístico e como anfitrião de grandes eventos.


Essa hospitalidade também se reflete no ambiente corporativo, onde o brasileiro demonstra empatia e disposição para trabalhar em equipe, criando redes colaborativas que impulsionam a inovação e a produtividade.


Diversidade cultural: Uma fonte inesgotável de inspiração


A diversidade étnica, cultural e religiosa do Brasil é uma riqueza inestimável. Essa pluralidade nos torna mais inclusivos e capazes de lidar com diferenças, promovendo soluções criativas que atendem a uma ampla gama de preferências e necessidades.


Nos setores de turismo e eventos, essa diversidade é um ativo valioso. O carnaval, as festas juninas e as manifestações culturais regionais são exemplos de como o Brasil pode criar experiências únicas que atraem turistas de todas as partes do mundo.


Alegria e otimismo: O combustível do desenvolvimento sustentável



A alegria é uma marca registrada do brasileiro. Mesmo em situações adversas, mantemos um espírito otimista e uma capacidade ímpar de celebrar a vida. Esse traço cultural é essencial para as indústrias criativas, pois cria um ambiente de trabalho positivo e impulsiona a criação de experiências memoráveis para o público.


Superando Barreiras e Construindo o Futuro

Para que o Brasil aproveite plenamente essas vantagens competitivas, é essencial superar o complexo de cachorro vira-lata. Isso passa por valorizar o que temos de melhor, investir em educação e capacitação, e promover nossas qualidades tanto no mercado interno quanto no internacional.


No cenário do Século XXI, as indústrias criativas serão um dos principais vetores de desenvolvimento sustentável, integrando turismo, eventos e cultura. O Brasil está em uma posição privilegiada para liderar esse movimento, desde que reconheçamos e celebremos nossas qualidades como forças transformadoras.


*Luiz Henrique Arruda Miranda Comunicador social e CEO da Agência Amigo – Comunicação Integrada

 


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*Por Luiz Henrique Arruda Miranda


Nos últimos anos, o mercado de trabalho brasileiro tem registrado avanços significativos em diversas áreas, com destaque para setores como serviços, construção civil e indústria. Contudo, o setor de viagens, turismo e eventos merece atenção especial, não apenas pelo papel que desempenha como gerador de empregos, mas também pelo impacto que exerce sobre mais de 50 outros setores produtivos, consolidando-se como vetor estratégico do desenvolvimento sustentável.


Liderança na Geração de Empregos

Dados recentes mostram que o setor de serviços liderou a criação de postos de trabalho formais em 2023 e 2024, acumulando 886.256 e 916.369 novas vagas, respectivamente. Dentro desse universo, o segmento de viagens, turismo e eventos emerge como protagonista, dado o aumento na demanda por experiências diferenciadas, tanto de lazer quanto corporativas.

Esse crescimento não ocorre isoladamente. Cada evento realizado, cada destino visitado e cada viagem planejada gera uma cadeia de valor que beneficia desde pequenas empresas familiares até grandes conglomerados, impactando positivamente setores como transporte, alimentação, hotelaria, comércio e tecnologia.


O Turismo como Motor do Desenvolvimento Sustentável

Além de liderar a geração de empregos, o turismo tem se consolidado como um dos pilares do desenvolvimento sustentável. A atividade impulsiona a adoção de práticas responsáveis que equilibram o crescimento econômico, a preservação ambiental e a inclusão social. O aumento da preferência por destinos que promovem a sustentabilidade reflete uma mudança de comportamento dos viajantes e representa uma oportunidade para que empresas do setor adotem práticas mais éticas e inovadoras.


No Brasil, o turismo não apenas gera empregos diretos, mas também atua como catalisador para outras atividades econômicas. O impacto indireto sobre setores como agricultura, artesanato e tecnologia é inegável. Por exemplo, o aumento na demanda por gastronomia local incentiva produtores rurais a adotar métodos sustentáveis, enquanto o crescimento de eventos corporativos e culturais estimula investimentos em infraestrutura e conectividade.


Desafios, Oportunidades e a Reforma Tributária

Apesar dos avanços, o setor enfrenta desafios que precisam ser superados para garantir sua contribuição ao desenvolvimento sustentável. Entre eles, destacam-se a necessidade de políticas públicas que incentivem o turismo responsável, a melhoria da infraestrutura e a promoção da segurança pública. Nesse contexto, a iminente aprovação da reforma tributária pelo Congresso Nacional coloca o turismo em um momento crucial.


O setor de viagens, turismo e eventos necessita de um tratamento tributário diferenciado que reconheça sua capacidade de gerar emprego e renda, ao mesmo tempo em que impulsiona outros setores produtivos. Um sistema tributário simplificado e com incentivos claros para o turismo é essencial para assegurar competitividade no cenário global. Países como Portugal, que em 2023 recebeu 34 milhões de visitantes, oferecem regimes fiscais favoráveis ao setor, o que contribui para sua atratividade como destino.


No Brasil, é fundamental que a reforma tributária contemple a redução da carga tributária sobre serviços turísticos e eventos. Além disso, a criação de incentivos fiscais específicos para empreendimentos sustentáveis e inovadores pode ampliar o impacto econômico e social do turismo. Com incentivos adequados, o setor tem o potencial de se expandir significativamente, ajudando a equilibrar as contas públicas por meio do aumento da arrecadação indireta e da geração de empregos.


O Papel Estratégico do Turismo no Futuro

À medida que avançamos em direção a uma economia mais digital e sustentável, o turismo se destaca como um setor que combina inovação e tradição. A utilização de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e automação, pode transformar a forma como os serviços são oferecidos, melhorando a experiência do viajante e otimizando operações. Além disso, o turismo pode desempenhar um papel crucial na educação ambiental, conscientizando os viajantes sobre a importância da conservação dos recursos naturais.


Com a aprovação de uma reforma tributária que considere a importância estratégica do setor, o turismo brasileiro tem a chance de mostrar seu verdadeiro potencial, não apenas como uma indústria, mas como um motor para o desenvolvimento sustentável. Ao fortalecer sua posição como líder na geração de empregos e renda, e ao ser reconhecido com o tratamento fiscal que merece, o setor pode pavimentar o caminho para um futuro mais equilibrado e próspero.


* Luiz Henrique Arruda Miranda é CEO da Agência Amigo - Comunicação Integrada, Diretor de Comunicação e Marketing da Skål Internacional São Paulo e Publisher do Portal do Hoteleiro.

 


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