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Blog 


*Por Luiz Henrique de Arruda e Miranda


A teoria de Karl Marx sobre a mais-valia exerceu e ainda exerce enorme influência no debate político e econômico global. Sua denúncia sobre a apropriação indevida do valor gerado pelo trabalho, e seu apelo por justiça social, são motivações legítimas. No entanto, há um erro conceitual de base que precisa ser discutido: a ideia de que a mais-valia estaria contida na mercadoria e apropriada pelo capitalista, como se o objeto fosse em si o símbolo da exploração.


Ao propor a luta de classes como motor da transformação histórica rumo ao socialismo, o marxismo termina por aprisionar o trabalhador em um antagonismo absoluto e pouco produtivo. Ignora que, na vida real, ninguém produz nada sozinho — e que toda atividade produtiva depende de redes de apoio, de trocas colaborativas e da integração entre diferentes agentes.


O valor agregado ao produto pelo trabalhador não desaparece. Ele se expande à medida que o trabalho é distribuído em redes que geram efeitos multiplicadores: emprego, impostos, inovação, qualidade de vida. A mais-valia, então, não está no preço da mercadoria, mas na prosperidade gerada quando o excedente é revertido ao bem comum. Quando há justiça na circulação de valor, não há espoliação — há cooperação.


Marx acertou ao colocar a justiça social no centro do debate. Mas errou ao localizar o problema exclusivamente na mercadoria e na figura do capitalista. É hora de superarmos esse fetiche e reconhecermos o papel transformador da interdependência produtiva como fundamento para uma sociedade mais justa, sem anular o mérito, a criatividade e a responsabilidade compartilhada.


*Luiz Henrique Arruda Miranda é Comunicador Social e CEO da Agência Amigo – Comunicação Integrada, skalega, publisher do portaldohoteleiro.com.br, da Revista Visite Guarujá e diretor de Comunicação e Marketing da Skål Internacional São Paulo

 
 
 

Credito: Chat GPT 4.0
Credito: Chat GPT 4.0

*Por Luiz Henrique Arruda Miranda


Em um cenário urbano cada vez mais complexo, a comunicação estratégica emerge como ferramenta essencial para o desenvolvimento sustentável das cidades.


Especialistas destacam que a integração entre governo, iniciativa privada e sociedade civil, mediada por estratégias de comunicação eficazes, é fundamental para promover políticas públicas eficientes e engajar a população em projetos de interesse coletivo.


A comunicação integrada permite que informações sobre políticas públicas, investimentos e projetos sociais sejam disseminadas de forma clara e acessível, fortalecendo a transparência e a confiança entre os cidadãos e as instituições. Além disso, facilita o diálogo entre diferentes setores da sociedade, promovendo a colaboração e a coesão social.


No âmbito econômico, empresas que adotam estratégias de comunicação alinhadas com valores sociais e ambientais tendem a conquistar maior fidelidade dos consumidores e a se destacar no mercado. A comunicação eficaz também é crucial para atrair investimentos e fomentar o empreendedorismo local, contribuindo para o crescimento econômico das cidades.


Governos municipais que investem em comunicação estratégica conseguem mobilizar recursos, engajar a população em iniciativas sustentáveis e implementar políticas públicas com maior eficácia. A participação ativa dos cidadãos, estimulada por campanhas de comunicação bem estruturadas, resulta em comunidades mais resilientes e preparadas para enfrentar desafios urbanos.


Em suma, a comunicação estratégica não é apenas uma ferramenta de divulgação, mas um elemento central na construção de cidades mais justas, inclusivas e sustentáveis. Sua aplicação eficaz pode transformar realidades e impulsionar o desenvolvimento urbano de forma integrada e participativa.


*Luiz Henrique Arruda Miranda é Comunicador Social e CEO da Agência Amigo – Comunicação Integrada, skalega, publisher do portaldohoteleiro.com.br, da Revista Visite Guarujá e diretor de Comunicação e Marketing da Skål Internacional São Paulo

 
 
 



*Por Luiz Henrique Arruda Miranda


Vivemos tempos de tensões crescentes, de palavras afiadas e dedos no gatilho — comerciais, políticos, culturais. O mundo parece girar em torno da disputa entre Estados Unidos e China, encenando uma guerra que não é só tarifária, mas simbólica, repleta de armadilhas narrativas. De um lado, o modelo liberal hegemônico; do outro, a força estatal que desafia a ordem global. Mas não nos enganemos: essa suposta dicotomia é um teatro perigoso, que reduz a complexidade do planeta a um duelo maniqueísta entre “bem” e “mal”.


Rejeito, com clareza e serenidade, essa polarização estéril.


O que assistimos não é o avanço da civilização, mas uma espécie de regresso feudal, travestido de modernidade. As batalhas agora são travadas com palavras diplomáticas e tarifas bilionárias, mas o pano de fundo não mudou: hegemonia a qualquer custo. A diferença? Hoje, o arsenal inclui poderio nuclear e algoritmos geopolíticos que colocam em risco não apenas nações, mas a própria condição humana.


Enquanto isso, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU — os ODSs — e a Agenda 2030são tratados como retórica de palco, quando deveriam ser pilares de ação global. Nessa encruzilhada, não há futuro viável que se sustente na lógica da imposição ou da retaliação. A única saída é a cooperação radical, ancorada na ciência, na ética, na empatia e na não violência.


Sim, é possível — e necessário — construir uma terceira via.


Uma via que não compactue com violência, seja ela econômica, ambiental ou simbólica. Que entenda o papel da ciência como ponte, não como trincheira. Que priorize o bem-estar coletivo sem abrir mão da liberdade e da justiça. Que reconheça na diversidade humana — de idiomas, culturas, religiões, identidades, cores e ideias — um patrimônio valioso e inegociável. E que promova inclusão não como concessão, mas como princípio estruturante da paz.


Essa nova via precisa ser solidária, colaborativa e inclusiva. Uma via onde os interesses nacionais não se sobreponham aos direitos universais. Onde nenhum povo seja descartável. Onde o poder econômico seja exercido com responsabilidade social e ambiental. E onde o “todes” não seja apenas um termo de linguagem neutra, mas a expressão de uma vontade coletiva de incluir a todos e todas de forma plena, humana e verdadeira.


A terceira via que proponho não é ideológica — é ética e civilizatória. Ela exige coragem para romper com ciclos viciosos de dominação, humildade para ouvir, e ousadia para agir em rede. Exige que líderes não se armem para confrontar, mas para curar feridas planetárias: da fome às mudanças climáticas, da intolerância à exclusão digital.

Que não nos falte lucidez. Que não nos falte ternura. E que não nos falte tempo — porque o planeta e as pessoas não podem mais esperar.


*Luiz Henrique Arruda Miranda é Comunicador Social e CEO da Agência Amigo – Comunicação Integrada, skalega, publisher do portaldohoteleiro.com.br, da Revista Visite Guarujá e diretor de Comunicação e Marketing da Skål Internacional São Paulo

 

 
 
 
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