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Blog 


*Luiz Henrique Arruda Miranda – Comunicador Social

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Visão do Amanhã - Crédito: Lham e Chat GPD 4.0


Vivemos uma era em que a educação emocional se mostra não apenas desejável, mas essencial para a evolução da humanidade. As interações interpessoais, privativas às individualidades únicas de cada ser, são peças fundamentais para a construção de uma sociedade diversa e harmoniosa. À medida que a ciência avança e a inteligência artificial (IA) fornece previsões baseadas em dados robustos, torna-se evidente que ideologias rígidas e práticas de violência, de qualquer natureza, são obsoletas. O futuro do segundo milênio será definido pela cooperação, compreensão emocional e sustentabilidade, não pela força bruta ou polarizações ideológicas.

 

A Ciência como Pilar da Educação Emocional

Estudos recentes da Harvard University e da American Psychological Association indicam que a educação emocional pode melhorar significativamente a qualidade das relações sociais e profissionais. De acordo com uma pesquisa da World Economic Forum, as habilidades emocionais, como a empatia e a resiliência, estão entre as mais procuradas no mercado de trabalho global até 2030. Isso não só facilita interações mais saudáveis no ambiente profissional como contribui para o bem-estar individual e coletivo.


A educação emocional precisa ser integrada de maneira transversal às políticas públicas de educação, como defendido pelas Nações Unidas em suas metas de desenvolvimento sustentável. Um exemplo claro está no foco da Agenda 2030 para a promoção de paz, justiça e instituições eficazes (ODS 16), onde a paz não é tratada apenas como ausência de conflitos, mas como um estado de convivência harmônica sustentado por capacidades emocionais desenvolvidas.

 

Sustentabilidade Econômica e o Respeito aos Recursos Naturais

A educação emocional, no entanto, não pode prosperar isoladamente. A sustentabilidade econômica, com respeito aos recursos naturais, deve ser a base sobre a qual essa nova educação é construída. A ciência econômica moderna já demonstrou que economias verdes e indústrias sustentáveis são as mais promissoras. Segundo dados da International Renewable Energy Agency (IRENA), a transição para energias renováveis tem o potencial de adicionar US$ 98 trilhões à economia global até 2050, além de gerar mais de 42 milhões de empregos.


O setor das Indústrias Criativas, por exemplo, já supera em crescimento muitas das indústrias tradicionais. Um relatório da UNESCO mostrou que, em 2020, as Indústrias Criativas movimentaram mais de US$ 2,25 trilhões globalmente, superando setores como a indústria automotiva. Este setor, que inclui artes, cultura, mídia e jogos digitais, não só gera riqueza, mas também promove a diversidade cultural e o diálogo entre diferentes grupos sociais.

 

A Linguagem Poética das Redes e Games:A Nova Forma de Comunicação

Na era digital, a forma de comunicação molda o conteúdo. As redes sociais e os jogos online emergiram como plataformas de grande influência, criando uma "linguagem poética" interativa que transcende barreiras culturais e linguísticas. Infelizmente, muitas dessas plataformas têm sido utilizadas para propagar o “vale tudo por dinheiro”, um eco distante do entretenimento massivo popularizado por Silvio Santos com seu histórico programa "Quem Quer Dinheiro?". No entanto, é fundamental destacar que essas mesmas redes também podem ser utilizadas para promover boas práticas solidárias e inclusivas.


O jogo "Journey", por exemplo, é uma obra-prima no mundo dos games, que estimula a cooperação e empatia entre os jogadores, sem qualquer forma de competição agressiva. Já a rede social Goodwall, voltada para jovens, conecta usuários que buscam impacto social positivo, compartilhando ideias sobre educação, inovação e sustentabilidade. E no campo dos portais, a plataforma Natura Campus, que promove inovação aberta e sustentabilidade, é um exemplo de como empresas podem usar a tecnologia para promover práticas responsáveis e criar diálogos inclusivos.

 

O Poder da Cooperação e das Boas Práticas Solidárias

Como destaca o pensador Yuval Noah Harari, a evolução humana está diretamente ligada à nossa capacidade de cooperar em grandes números. Isso reforça a necessidade de construir redes sociais e plataformas que promovam a convivência pacífica e solidária entre diferentes culturas. A marca Natura é um case global de sucesso que ilustra como esse princípio pode ser aplicado no mercado. Mesmo em períodos de crise, como durante a pandemia de Covid-19, a Natura conseguiu aumentar suas vendas e participação de mercado, provando que é possível aliar crescimento econômico e práticas sustentáveis.


A cooperação entre diferentes setores e culturas é também observada em um mercado inesperado: o de embarcações recreativas, que viu um aumento de 40% nas vendas de barcos, lanchas, veleiros e equipamentos de esportes aquáticos durante a pandemia. Esses números não representam apenas o desejo de lazer, mas uma necessidade crescente de conexão com a natureza e de relaxamento, como propôs o compositor Walter Franco em sua famosa letra "Tudo é uma questão de afinar o instrumento".

 

Conclusão: Educação, Sustentabilidade e Paz Social

A educação emocional, a sustentabilidade econômica e o respeito aos recursos naturais são os pilares sobre os quais devemos construir o futuro. A ciência nos dá os dados e a IA as previsões; cabe a nós, como sociedade, tomarmos as atitudes necessárias para promover a evolução da nossa espécie. Ao ultrapassarmos as barreiras da violência e da competição desenfreada, podemos criar um futuro mais inclusivo, solidário e sustentável.


Assim como Natura, que transformou práticas empresariais em uma poderosa ferramenta de conexão humana e respeito ao meio ambiente, o desafio agora é usar nossas plataformas de comunicação e as indústrias criativas para promover diálogos que inspirem soluções disruptivas e inclusivas. Afinal, o progresso humano sempre foi movido por ideias e atitudes que vão além do esperado – é o que precisamos para este segundo milênio.

 
 
 

* Luiz Henrique Arruda Miranda – de 3 a 4 minutos de leitura



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Harmonização visual do espaço urbano com marcas líderes sob a ótica da IA


A essência de uma marca transcende seus produtos e serviços; ela reside no espaço emocional que ocupa na mente e no coração de seus consumidores. Esse fenômeno, amplamente estudado sob o conceito de share of mind, é a parcela de atenção, consideração e lembrança que a marca conquista no mercado. O vetor emocional arquetípico desempenha um papel vital nesse contexto, alinhando os valores e a personalidade da marca com os arquétipos universais que ressoam nas emoções humanas. Quando essa conexão é bem estabelecida, sem a presença de dissonância cognitiva – ou seja, sem conflitos entre a mensagem da marca e a percepção dos consumidores – a marca pode não apenas dominar o share of mind, mas também alcançar a liderança de mercado.


Carl Jung, psicólogo suíço, foi um dos pioneiros na definição dos arquétipos universais, imagens e padrões primordiais enraizados no inconsciente coletivo, que moldam nossas narrativas e experiências. Marcas que exploram arquétipos fortes, como descritos no panteão dos Deuses Gregos ou Orixás Afrobrasileiros; das Divindades Incas, Astecas, Indianas, Tupis, entre outras referências míticas ancestrais, conseguem posicionar marcas que criam laços emocionais profundos e duradouros com seu público. A chave está na coerência: uma marca que comunica de maneira consistente seus valores arquetípicos se torna uma presença confiável e autêntica, gerando uma conexão emocional que favorece tanto o engajamento quanto a fidelização.


Esse alinhamento arquetípico, quando amparado por uma comunicação social integrada, é um facilitador das relações humanas. A comunicação, que historicamente tem o poder de moldar e redefinir sociedades, quando não violenta e focada em educar, promove não apenas a prosperidade, mas também um ambiente de convivência harmônica. A comunicação não violenta (CNV), como definida por Marshall Rosenberg, baseia-se em princípios de empatia, honestidade e compreensão mútua, distanciando-se de julgamentos e agressões. Nesse contexto, marcas que adotam essa postura em suas campanhas e estratégias de comunicação contribuem diretamente para a alfabetização emocional de seus consumidores e stakeholders, estimulando relações saudáveis e produtivas.


Em um cenário de mercado, essa prática resulta em um ciclo de prosperidade: a marca, percebida como alinhada com os valores humanos, é vista não apenas como uma fornecedora de produtos, mas como uma agente de mudança social positiva. Isso aumenta o share of heart — a parcela de afeto e lealdade emocional do consumidor —, levando, por consequência, à liderança do mercado.

Portanto, é na interseção entre a alma da marca, seu vetor emocional arquetípico, e uma comunicação não violenta e integrada que surge uma nova forma de liderança. Esta liderança é sustentada por uma base de confiança e reconhecimento, permitindo que as marcas prosperem sem recorrer a formas de violência simbólica, como a manipulação ou a distorção da verdade. Assim, quando uma marca se comunica de forma autêntica, alinhada emocionalmente e sem dissonâncias, ela não apenas lidera o mercado, mas também favorece o bem-estar coletivo.


*Luiz Henrique Arruda Miranda é CEO da Agência Amigo – Comunicação Integrada e Diretor de Comunicação e Marketing das Associação Mundial dos Profissionais de Viagens e Turismo – Skål Internacional São Paulo

 
 
 

*Por Luiz Henrique Arruda Miranda

O setor de turismo tem vivenciado uma profunda transformação nos últimos anos, impulsionada por inovações tecnológicas, sustentabilidade e a crescente demanda por personalização. Esses três pilares não apenas redefinem a experiência do viajante, mas também estabelecem novos padrões para as empresas do setor, que precisam se adaptar rapidamente para continuar competitivas.


Inovações Tecnológicas: Transformando a Experiência do Viajante

A adoção de tecnologias como inteligência artificial (IA), realidade virtual (VR) e aumentada (AR) tem sido uma das principais forças motrizes da mudança no turismo. Essas ferramentas permitem que as empresas ofereçam experiências mais ricas e personalizadas, desde o planejamento até a realização da viagem. A IA, por exemplo, não só aprimora o atendimento ao cliente, mas também ajuda a entender as preferências dos viajantes de forma mais precisa, permitindo a oferta de pacotes alinhados às expectativas individuais.


A realidade virtual e aumentada têm desempenhado um papel fundamental na criação de experiências imersivas, especialmente no turismo cultural e de entretenimento. Esses recursos possibilitam que os viajantes vivenciem destinos e atividades antes mesmo de chegarem ao local, o que não apenas melhora a experiência do cliente, mas também ajuda na tomada de decisão.



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Sustentabilidade: Uma Necessidade Estratégica

A crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade tem forçado o setor de turismo a repensar suas práticas. Os consumidores estão cada vez mais exigentes em relação às práticas ambientais das empresas que frequentam, o que torna a sustentabilidade uma questão não apenas ética, mas estratégica. Hotéis que adotam energias renováveis, operadores turísticos que promovem o turismo ecológico e iniciativas que visam a conservação dos destinos são exemplos de como o setor está se adaptando a essa nova realidade.

A sustentabilidade não é apenas uma tendência; é uma exigência. Para garantir a viabilidade a longo prazo, as empresas de turismo devem incorporar práticas sustentáveis em suas operações diárias, minimizando os impactos ambientais e promovendo o desenvolvimento das comunidades locais.


Personalização: Atendendo às Necessidades do Viajante Moderno

O desejo por experiências autênticas e exclusivas tem levado à crescente demanda por personalização no turismo. A tecnologia, mais uma vez, desempenha um papel crucial, permitindo que as empresas ofereçam pacotes altamente personalizados. Algoritmos avançados e IA permitem que os viajantes tenham acesso a ofertas sob medida, que refletem suas necessidades e desejos individuais.

Esse movimento em direção à personalização é uma resposta direta à mudança nos comportamentos e expectativas dos consumidores, que buscam cada vez mais por autenticidade e exclusividade em suas experiências de viagem. As empresas que conseguirem atender a essas expectativas estarão em melhor posição para conquistar e fidelizar seus clientes.

 


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Conclusão: Adaptabilidade é a Chave para o Sucesso

A pandemia de COVID-19 acelerou muitas dessas tendências, destacando a importância da digitalização e da capacidade de adaptação. O cenário futuro do turismo será moldado pela capacidade das empresas de inovar e se adaptar às novas demandas do mercado. A tecnologia, a sustentabilidade e a personalização não são mais opções; são requisitos para o sucesso no mercado global.


À medida que avançamos, será fundamental para as empresas do setor de turismo abraçar essas mudanças e continuar a inovar. Somente assim poderão atender às expectativas dos viajantes modernos e garantir sua relevância e competitividade no mercado.


* Luiz Henrique Arruda Miranda é CEO da Agência Amigo – Comunicação Integrada e Diretor de Comunicação e Marketing das Associação Mundial dos Profissionais de Viagens e Turismo – Skål Internacional São Paulo

 
 
 
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