* Luiz Henrique Arruda Miranda – de 3 a 4 minutos de leitura
Harmonização visual do espaço urbano com marcas líderes sob a ótica da IA
A essência de uma marca transcende seus produtos e serviços; ela reside no espaço emocional que ocupa na mente e no coração de seus consumidores. Esse fenômeno, amplamente estudado sob o conceito de share of mind, é a parcela de atenção, consideração e lembrança que a marca conquista no mercado. O vetor emocional arquetípico desempenha um papel vital nesse contexto, alinhando os valores e a personalidade da marca com os arquétipos universais que ressoam nas emoções humanas. Quando essa conexão é bem estabelecida, sem a presença de dissonância cognitiva – ou seja, sem conflitos entre a mensagem da marca e a percepção dos consumidores – a marca pode não apenas dominar o share of mind, mas também alcançar a liderança de mercado.
Carl Jung, psicólogo suíço, foi um dos pioneiros na definição dos arquétipos universais, imagens e padrões primordiais enraizados no inconsciente coletivo, que moldam nossas narrativas e experiências. Marcas que exploram arquétipos fortes, como descritos no panteão dos Deuses Gregos ou Orixás Afrobrasileiros; das Divindades Incas, Astecas, Indianas, Tupis, entre outras referências míticas ancestrais, conseguem posicionar marcas que criam laços emocionais profundos e duradouros com seu público. A chave está na coerência: uma marca que comunica de maneira consistente seus valores arquetípicos se torna uma presença confiável e autêntica, gerando uma conexão emocional que favorece tanto o engajamento quanto a fidelização.
Esse alinhamento arquetípico, quando amparado por uma comunicação social integrada, é um facilitador das relações humanas. A comunicação, que historicamente tem o poder de moldar e redefinir sociedades, quando não violenta e focada em educar, promove não apenas a prosperidade, mas também um ambiente de convivência harmônica. A comunicação não violenta (CNV), como definida por Marshall Rosenberg, baseia-se em princípios de empatia, honestidade e compreensão mútua, distanciando-se de julgamentos e agressões. Nesse contexto, marcas que adotam essa postura em suas campanhas e estratégias de comunicação contribuem diretamente para a alfabetização emocional de seus consumidores e stakeholders, estimulando relações saudáveis e produtivas.
Em um cenário de mercado, essa prática resulta em um ciclo de prosperidade: a marca, percebida como alinhada com os valores humanos, é vista não apenas como uma fornecedora de produtos, mas como uma agente de mudança social positiva. Isso aumenta o share of heart — a parcela de afeto e lealdade emocional do consumidor —, levando, por consequência, à liderança do mercado.
Portanto, é na interseção entre a alma da marca, seu vetor emocional arquetípico, e uma comunicação não violenta e integrada que surge uma nova forma de liderança. Esta liderança é sustentada por uma base de confiança e reconhecimento, permitindo que as marcas prosperem sem recorrer a formas de violência simbólica, como a manipulação ou a distorção da verdade. Assim, quando uma marca se comunica de forma autêntica, alinhada emocionalmente e sem dissonâncias, ela não apenas lidera o mercado, mas também favorece o bem-estar coletivo.
*Luiz Henrique Arruda Miranda é CEO da Agência Amigo – Comunicação Integrada e Diretor de Comunicação e Marketing das Associação Mundial dos Profissionais de Viagens e Turismo – Skål Internacional São Paulo
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